Processos do pós-1945: bipolarização, revolução

Em um mundo esquematicamente dividido em dois, cada um dos lados supostamente combatendo de forma fundamentada o outro (de seus próprios pontos de vista), solidariedades e alianças se manifestavam. Foi assim com a URSS em relação a Cuba. Mas até que ponto os projetos hegemônicos existentes em um e outro país se afinavam?

"Soy Cuba", filme rodado em 1964, em Cuba, com uma equipe soviética à qual se integraram vários cubanos, é um bom exemplo de agendas nem sempre compatíveis. Filmado ao longo de meses, tendo como diretor Mikhail Kalatozov (e o genial diretor de fotografia Sergei Urusevsky!),  o filme não agradou nem a soviéticos nem a cubanos, e acabou arquivado. Foi redescoberto após o fim do bloco soviético, por cineastas estadunidenses, e tornou-se "cult"!

Veja aqui o trecho mais conhecido e celebrado do filme, um fantástico plano-sequência (após a morte do líder estudantil, cujo corpo é carregado, coberto pela bandeira cubana, no plano-sequência); o trecho é exibido com a trilha sonora original:
http://www.youtube.com/watch?v=99JjtRW0C2A&feature=related

Também os minutos iniciais do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=eOLVm_9UcRw&feature=related

Comentários