Acontecimentos do pós-1945: Primavera Árabe

Nosso cotidiano está povoado de acontecimentos. Mas o que é reconhecido como um grande acontecimento?
Geralmente, algo com repercussão para a vida de muitos, simultaneamente, e com consequências que sejam profundas durante muito tempo. Algo que é visto como um ponto de virada em relação ao que é visto como dado e costumeiro: uma ruptura. O acontecimento que ganha as manchetes dos jornais e é colocado em destaque nas retrospectivas anuais ou nos balanços das décadas, por mais que seja reconhecida sua singularidade, dificilmente escapa de comparações com acontecimentos similares, que de uma forma ou de outra fornecerão uma grade de interpretação.

A "Primavera Árabe" foi destacada como um dos principais acontecimentos do ano de 2011. Foi associada à chamada "Primavera dos Povos", de 1848, mas também às revoltas e movimentos de contestação que em 1968 se espalharam por diversos lugares do mundo, e aos movimentos de contestação aos regimes de partido único (comunista) que em 1989 feririam de morte o bloco soviético.

Em 2011, os meios de comunicação veicularam representações da "Primavera Árabe" em reportagens, colunas especiais, cartoons e fotografias que demonstraram não só euforia pelo movimento (visto como elemento potencializador de uma perspectiva democrático-liberal, nos países envolvidos) como preocupação (caso a "Primavera" gere novos governos que sejam anti-americanos e /ou islâmicos).

Um ano depois, são feitos os primeiros balanços:
conheça o caderno especial produzido sobre a "Primavera Árabe" pelo jornal brasileiro "O Estado de S.Paulo":
http://topicos.estadao.com.br/primavera-arabe

Janice Gonçalves

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